sexta-feira, 8 de abril de 2011

O CAÇADOR DE PIPAS



Ontem assisti um filme que mexeu comigo, “O caçador de pipas”, uma história belíssima e dramática sobre as atitudes de uma pessoa, sobre personalidade e caráter.  O filme narra a história e relação de convivência de dois garotos quase da mesma idade, um rico e bem nascido e o outro filho de um serviçal, sobre amizade e fidelidade e as várias formas de se “construir” um caráter baseado em fidelidade e respeito por um outro ser humano, como qualquer um fundado em sentimentos.
O menino rico possuía uma personalidade desajustada de covardia e busca de aprovação paterna. Enquanto o menino serviçal nos presenteava com uma índole sincera e corajosa, personalidade incorruptível, fiel e sentimental.  Aí comecei a pensar, coisa que faço pouco...rsrsrs... O que é mais comum hoje em dia, que tipo de atitude, que tipo de personalidade? Nós vivemos em um mundo onde pessoas se escondem atrás de cargos, de status, de beleza, das facilidades de um mundo virtual mesmo. Onde não se precisa muito mais do que isso, é fácil desenvolver uma vida baseada em omissão, mentira, covardia, infidelidade de todos os tipos, falta de respeito e para encobrir tudo isso, uma dose cavalar de hipocrisia.
Mas eu sou uma pessoa otimista e acredito que nem tudo está perdido e que pessoas, assim como no filme são capazes de se redimir e melhorar em atitudes e “humanização”. A necessidade humana de demonstrar uma capacidade pessoal, de superação ilusória, é o que leva a um desvio de conduta e personalidade. Porque o menino era covarde talvez? Porque ele precisava ser bom em algo que não era? Porque ele buscava aprovação, acima de qualquer sentimento humano ou atitude como fidelidade, sinceridade e amizade.
Eu sempre tive problemas com a crença absurda e excessiva no “coração” das pessoas, sempre acreditei na recuperação e crescimento pessoal.  Muitas vezes eu persisti e me decepcionei e muitas outras eu pude ver que valia a pena acreditar na transformação. No filme o menino covarde, cresceu e teve de virar um homem, e este homem teve que provar pra ele mesmo, que merecia e que acima de tudo era capaz de honrar o respeito e fidelidade que um dia recebeu, sem precisar da aprovação de ninguém mais além da dele mesmo como ser humano.
É o tipo de lição que se deveria levar para o resto da vida e em cada momento. 

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